NEM SERVOS NEM SENHORES
E sobre as majestosas escadas sobem
E já cansados dos desmandos rotineiros
Resolvem qual outrora fato ocorrido há tempos
E já ignorando as ordens palacianas antes proferidas
Adentram à aristocrática casa
E dela tomam posse porque sabem ser de todos
O prédio habitado por aqueles vampiros do povo.
E assustados com o que vejam frente seus olhos
O séquito acostumado à servidão e sempre calado
Não encontra forças e a resistência, enfraquecida fica
É a multidão tomando às mãos seu destino
Que na escola ensinaram ser dos céus.
E então sem mais o que fazer
Às portas do fundo fogem
Aqueles que noutros tempos
Dos homens achavam-se senhores
E o trono já vazio nada indica
Posto que naquela casa já não mais existirá
Nem servos e nem senhores.