Um tanto quanto perturbado
Já esperei acordado, desacreditado e danço um quanto tanto descompassado. Já engoli a seco o que diziam quando só diziam por dizer coisas que nem ao menos conseguiam me entreter. Já vivi e vi morrer. Fui por falsos escultores lapidado, sou reflexo fraco e de pouca luz do lado errado. Já arranquei inocências, travei batalhas com a coerência, morri muitas vezes, mas voltei aos afazeres como se nada tivesse acontecido, risquei o papel com tanta força, achei que tinha enlouquecido. Explorei o Desconhecido, encontrei nele um conhecido e a certeza de que infimamente pouco nos conheço. Li e reli poetas tentando compreender, compreendi quando vivi/reli e então queria esquecer. O todo é pouco orgânico embora pluricelular, já eu... Não espere de mim amor, afinal, é tão raro o meu amar. Procure em mim verdade, essa eu sei e fico feliz em dar, amor é só amor afinal, quase sempre acaba ao Deus dará. Já bebi pra vomitar, não tive forças pra gritar, zombei do teu engordar. Escrevi inúmeras linhas tentando explicar coisas que nem ao menos são de natureza explicável. Destrocei por destroçar e fiquei a gargalhar. Amarguei-me por pouco amar, mas vivi limpo e livre, livre e limpo e se quiser passar a limpo o que tu vistes, que sejas limpo, que sejam livres...