Esperança e ilusão: a irmandade

Ouço uma melodia fúnebre

Ao fundo

Mas não se trata de mais funeral.

É apenas a morte:

A morte dos sonhos outrora sonhados,

A morte dos amores nunca amados,

A morte da esperança

Que nunca deveria partir

Mas parte;

E quando se vai, parte os corações,

Reparte os bens, subtrai as expectativas

E assim se esvai com ela

Os sonhos, os amores, e nós,

Que um dia chegamos sim, a acreditar

Peremptoriamente no infindar,

Vemos e contemplamos como uma imagem

Meio desfocada, lenta e sem som

Toda a vida que existia

Em volta (ou envolta) de uma esperança

De se viver o que a vida,

Além dos sonhos e dos amores,

Poderia vir a nos ofertar.

E aquilo que antes era visto

Como uma construção

Erigida rumo a um futuro breve,

Vem ao chão, como um simples contesto

De que tudo foi uma mera- embora real- ilusão!!

Miss Angel
Enviado por Miss Angel em 27/07/2011
Código do texto: T3122642
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