PALAVRAS, PALAVRAS... Um sentimento.
ÀS VEZES ouço o som das palavras. Elas parecem com o som das águas nas cachoeiras. Palavras traiçoeiras, conciliadoras, palavras apenas. Se pequenas, se grandes, se góticas ou arial, palavras são sonhos processados pelas cabeças, percorridas pelo corpo e desaguadas pelos dedos. Palavras duras como a pedra, palavras cinzel a esculpirem sentimentos – palavras que cortam feito fel e que adoçam feito mel.
“Oh Senhor eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo...”
Palavras soltas ao vento me atemorizam – elas poderão, quando soltas, serem usadas pro mal. Palavras que são postas na boca,
Palavras ditas
Palavras ocas.
Às vezes vejo palavras criando asas. Gestando-se no inconsciente coletivo com finalidade discriminatória. Estariam elas com o demônio no couro? Estariam elas escondidas nalgum território censurado pelo demo? Tremo nas bases, pois a palavra maior é o amor e a menor não existe porque diante do AMOR tudo se torna pequeno. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, disse ELE em palavras soltas ao vento para que os quatro cantos do mundo cantassem, entoassem o som do AMOR...
Palavras milho
Palavras feijão
Palavras que fecundam a criação...
O som da boca não é o mesmo som da palavra, embora da boca a palavra retire o agasalho. A voz, esta sim, é a alma das palavras vivas que por vezes nos traem os sentidos. Sentidos que o tato alcança no silencio da palavra escusa; sentidos que o olfato acalenta quando a palavra se transforma em oração e esta nos perfuma a vida; paladar que a boca conduz para nos dirigir com pitadas de sal ou de açúcar as nossas frases que compõem nossos palavreados; sentidos que a audição se perpetua em cada Ave Maria de Schubert, de Handel, em que as palavras podem ser poucas para nos unir a Deus; sentidos que a visão nos permite ver para não crer e crer no que não se vê, pela absoluta descumplicidade das palavras para com os mistérios de Deus...
O som da palavra
É o sibilar do coração...
A boca não precisa dizer que ama
A voz do amor é quem chama
Quem ouve o amor nunca diz não...
ÀS VEZES ouço o som das palavras. Elas parecem com o som das águas nas cachoeiras. Palavras traiçoeiras, conciliadoras, palavras apenas. Se pequenas, se grandes, se góticas ou arial, palavras são sonhos processados pelas cabeças, percorridas pelo corpo e desaguadas pelos dedos. Palavras duras como a pedra, palavras cinzel a esculpirem sentimentos – palavras que cortam feito fel e que adoçam feito mel.
“Oh Senhor eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo...”
Palavras soltas ao vento me atemorizam – elas poderão, quando soltas, serem usadas pro mal. Palavras que são postas na boca,
Palavras ditas
Palavras ocas.
Às vezes vejo palavras criando asas. Gestando-se no inconsciente coletivo com finalidade discriminatória. Estariam elas com o demônio no couro? Estariam elas escondidas nalgum território censurado pelo demo? Tremo nas bases, pois a palavra maior é o amor e a menor não existe porque diante do AMOR tudo se torna pequeno. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, disse ELE em palavras soltas ao vento para que os quatro cantos do mundo cantassem, entoassem o som do AMOR...
Palavras milho
Palavras feijão
Palavras que fecundam a criação...
O som da boca não é o mesmo som da palavra, embora da boca a palavra retire o agasalho. A voz, esta sim, é a alma das palavras vivas que por vezes nos traem os sentidos. Sentidos que o tato alcança no silencio da palavra escusa; sentidos que o olfato acalenta quando a palavra se transforma em oração e esta nos perfuma a vida; paladar que a boca conduz para nos dirigir com pitadas de sal ou de açúcar as nossas frases que compõem nossos palavreados; sentidos que a audição se perpetua em cada Ave Maria de Schubert, de Handel, em que as palavras podem ser poucas para nos unir a Deus; sentidos que a visão nos permite ver para não crer e crer no que não se vê, pela absoluta descumplicidade das palavras para com os mistérios de Deus...
O som da palavra
É o sibilar do coração...
A boca não precisa dizer que ama
A voz do amor é quem chama
Quem ouve o amor nunca diz não...