DAS SENSAÇÕES ANESTÉSICAS

Tudo inerte. Nada se move, nem o pensamento. Sensação de fadiga. Cansaço. Letargia.

Um estranhamento. Uma coincidência. Tudo em desalinho. Flashes que vem e vão. Entram e saem. Mas perdura a sensação de anestesia.

Conversas. Aproveitáveis. Recicláveis. Jogadas fora. Meio termo. Termo inteiro. Bom senso. Nenhum senso. E tudo permanece anestesiado.

Um lápis. Uma folha. Um teclado. Um monitor. Tudo pronto. Nada pronto. Paradoxos. Sentido. Fazer sentido. Dar sentido. Esquecer. Lembrar. E a sensação de anestesia continuará.

Um dia. Uma semana. Nada. Tudo. Verbos. Sujeitos. Não sujeitos. Sujeitados. Ir. Voltar. Tornar. Não ir. Ficar. Fazer. Largar. Pegar. Esquecer. Querer, ou não. Falar. Calar. E a anestesia ainda existirá.

Esquecer. Dar tempo. Ao tempo. Com tempo. Sem tempo. Mas dar. Parar. Cadenciar. Ajustar. Esperar. E esperar. E esperar. E esperar... Uma hora a anestesia irá te abandonar...

São Paulo, 04, 05, 06 e 07 de Dezembro de 2006. Porque uma hora esse estado vai passar