[Singularidade]
Cai a noite, enfim... mais uma vez
a noção clara do enigma de viver
e morrer... só, e sem nada entender!
... E tudo começa a partir de uma singularidade,
um buraco de diâmetro pequeno, idealizado
com um diâmetro do tamanho da minha mão.
É um buraco escuro, sem fundo, infinita cavidade
no espaço-tempo da minha imaginação... um nada!
Ali, nesta singularidade, o sorvedouro das horas dos dias,
das tardes, da vida tola, sem nexo... enfim?
Aonde irei agora, exatamente neste hora,
senão para algum refúgio do passado?
Não tenho um colo onde repousar a cabeça,
e ficar a sós comigo mesmo é insuportável!
[E, como sabemos, tudo é estranheza e solidão]
[Penas do Desterro, 22 de julho de 2011]
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talvez eu volte, ou talvez não volte a postar neste poema