Amélia no Arpoador
Amélia se refazia na cozinha,
Lavava passava e nem reclamava,
E o seu amor, se deleitava em prazeres,
Como mulher, coitada, não tinha vez!
Mas, o pensamento de Amélia, voava,
Ah! E o desejo de Amélia, crescia...
Em cada vassourada, em cada esfregão,
Aspirava o perfume, do jardim do Arpoador!
Deitava-se entre as flores, na relva macia...
Sussurrando ao ouvido da sua paixão,
Doce poesia, que ela mesma fazia!
Assim, quem amava os serviços de Amélia,
Nunca se queixava, mas ela, voou,
Quando menos se esperava,
Para os braços do jardineiro,
Lá no arpoador!