O SOL
As ondas revoltas derramam-se perigosamente na praia.
Ora calmas, como aninhar-se nos braços de Morfeu, deleitando-se com as areias mornas da praia, entre o término de um dia e o início da noite.
A luz do sol, cintilando, as transforma em um imenso espelho dourado, num esplendor infinitamente místico.
O céu numa cor avermelhada, como fogo na mata, que queima a vida, destrói a natureza, não sobrevive nem o capim rasteiro da caatinga.
O Sol...
Seu brilho ofusca quem se atrever a encará-lo.
Ele é o astro Rei.
Os súditos têm que curvar-se diante dele, obrigando-os não com armas, mas com apenas o seu fulgor.
Curvem-se! Simples mortais! Diante de seu esplendor, da sua beleza inconstante. Já que esses momentos são raros, pois a sua beleza é de momento, de minutos... de segundos...
Desaparece o sol.
Vem a noite...
Icoaraci, 17h40
Obra: Gotas