DUALIDADE PREMENTE.
Ao viver fostes tomando consciência,
De uma dualidade premente.
As contendas se ferem entre si,
Massageiam o ego em desamor,
Progredindo a insígnia do rancor,
Desfazendo o encanto que aflorou.
Apregoando a fatiga com ardor.
Tens ciência de uma duplicidade,
Inerente a dialética.
Analisas sem parcimônia,
Ao rever botas mais sentido,
Encoraja-se mas não praticas,
Escolhes o menos enaltecido.
São duas as possibilidades,
Examinas.
Sem propósitos vem a tona,
E clareia,
Locomove-se sem pressa,
Desloca-se transparente,
As incertezas a norteiam,
E sucumbiras por asfixia.
Conheces as duas faces,
Apazigua-te,
Vislumbras um clarão,
Sutis espasmos de vida,
Energias positivas.
(Miguel Jacó)
15/07/2011 22:53 - luciana vettorazzo cappelli
Nascemos com a coluna dorsal
semelhante a cordas de um violino afinado
que ao viver se transformam
em algo retorcido e demais esticado
a dualidade premente
faz o violino tocar desafinado
sujeito a qualquer ato demente
de aleatorios entes
que encontramos pela frente
só mesmo o estar consciente
faz com que as cordas voltem ao seu primitivo lugar
e fiquemos pessoas calmas e sorridentes
capazes de enfrentar as incertezas
e vislumbrar o clarão
que apazigua nosso coração
para que ele sinta os sutis espasmos da vida
e nos sintamos de novo
pessoas bem nascidas.
Para o texto: DUALIDADE PREMENTE. (T3094437)
Muito obrigado Luciana, por esta excelente interação aos maus pacatos versos, MJ.