Des - afinidade
Era moça de traços finos, típicos dos semi-tocados. Tinha pele esbranquiçada, coisa pura, avião que ao tentar vôo não se conformou com a baixa altitude. Mas havia um porém: tinha nela vida! Que dirá de um avião que é branco e vive? Nada, e era por isso que até então buscava um significante. Por superficiais impressões, meu falso censo diz que encontrou, mas nem ela sabe.
Ao lado de um remetente de sermões mal ditos, havia blocos de papel, algumas anotações, e nada muito importante. Ah, e havia comida! Aliado a isso, havia a sede de um beco de emoções que paravam em uma transversal intransponível.
Lembro ainda de uma neblina sutil que pairava em seus poucos cômodos. Mas era paz. Neblina, sutileza e paz. Inferno, paradoxo, paraíso. Era tudo em um só, em uma só. Era o apce da fuga romântica. A eterna suspensão de gotículas lembravam a confusão desordenada que se formava quando tinha em sua frente os transtornados psicopáticos. Mas garantiu que desses se previnia muito bem. Acreditei.
E é pouco o que tenho. Só surtos de identificação. Eu, a mulher, os livros e mais nada.