Inexistência Genuína
Eu devo ser a brisa quente que tenta atropelar a tempestade de frio que te atormenta todos os dias.
Eu devo ser o raio de sol tímido que anseia desesperadamente uma fresta entre as nuvens pra derreter a neve que encobre teu peito.
Eu devo ser a adrenalina que percorre pelas tuas veias quando teus pensamentos dançam insanamente solitários.
Eu devo ser a surpresa da inesperada visita da borboleta que lindamente entra pela janela do teu quarto e num súbito de encanto vai embora.
Eu devo ser apenas uma presença que dentro da escassez do teu calor de sentimentos surge na gentil tentativa de te fazer feliz.
Talvez eu seja uma fração de inexistência que se faz presente dentro da tua carência.
Talvez eu realmente não exista...