Só na multidão…

Andar com Cristo é um desafio a ser vencido por todos os que se propõe a seguir a Jesus e servi-lo com sua vida.

Seguir a Jesus é ter a disposição por deixar de estar, deixar de ter, deixar de ser em muitos momentos da vida.

Eu posso estar em muitos lugares bons e especiais, onde todos desejariam estar, mas se seguir a Cristo implica em não estar nesses lugares, eu tenho de aceitar não estar lá.

Eu posso ter tudo o que meu coração desejar ter, ou tudo o que os outros têm, mas se seguir a Cristo implica em não ter tudo o que gostava de ter, eu tenho de aceitar não ter.

Eu posso ser tudo o que desejar ser e almejar assim ser alguém importante, ou alguém que desfruta de bons momentos, bons lugares e coisas boas e belas, até mesmo ser alguém famoso, mas se seguir a Cristo implicar em deixar de ser, eu tenho de aceitar assim ser.

Decidir seguir a Cristo é optar por estar sujeito não apenas à sua palavra, mas em especial estar sujeito ao futuro determinado por Deus.
Entre o presente passageiro e o futuro eterno, o melhor é seguir em busca do que vai perdurar.

Muitas são as palavras ditas por Cristo, muitas são as directrizes estabelecidas por Deus a todas as pessoas que o desejarem obedecer.

“E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna”. (Mateus 19:29)

Quais as recompensas daqueles que se dispõe a seguir a Cristo, revelando assim um desejo de negar-se a si mesmo?

Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos? E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel”. (Mateus 19: 27,28)

Sendo assim, o que representa na verdade deixar tudo para seguir a Cristo?

É importante saber de que deixar tudo para seguir a Cristo não representa uma escravidão, mas sim, uma libertação da dependência das coisas e de pessoas, pois as coisas são passageiras e as pessoas decepcionam, elas nos abandonam em muitos momentos, mas Cristo nunca decepciona, ele está sempre presente, independente do momento, seja bom ou ruim, alegre ou triste, Cristo sempre se faz presente.

Às vezes, em certos momentos, parece que estamos só em meio a multidão.

Todos são contra nós, todos nos abandonam, parece que o que fazemos não faz diferença nenhuma no contexto em que vivemos.

Será que vale a pena? Devemos continuar a seguir a Cristo em meio ao contexto actual do mundo?

É no momento de solidão humana, de abandono social, nos momentos em que tudo está contrário a nós que sentimos o quanto é bom seguir a Cristo.

Deus tem o poder maravilhoso de transformar um orfanato em céu, uma rua vazia em um caminho celeste, uma solidão em comunhão verdadeira.

“Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me recolherá”. (Salmo 27:10)

“Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós”. (João 14:18)

Se neste momento sente-se sozinho, ou “só na multidão”, tome a disposição de seguir a Jesus, o qual também se sentiu só na Cruz, mas hoje vive e quer estar consigo neste momento.

Faz uma oração a ele dizendo o que sentes neste momento, faz como o salmista fez no passado.

“Olha para mim, e tem piedade de mim, porque estou solitário e aflito”. (Salmo 25:16)

Só na multidão?
Nunca! Jesus no coração!