RASGO VERMELHO SOBRE O AZUL DA TARDE
Pareço, às vezes, muito temerária, eu o reconheço. Tento parecer-me, a mim mesma, temerária, como um largo traço vermelho repentino sobre o azul da tarde.
Não o sou, em verdade; em verdade, sou a mais inofensiva das criaturas, a mais inofensiva das criaturas a traçar-se repentino traço vermelho sobre o azul da tarde tardia, apenas para sentir que existe, por um segundo, neste traço vermelho que desaparece.
Ainda na manhã de 10 de julho de 2011.