ZÊNITE
Em tempo, suave e incisivo clima, qual vento no céu
Incontido, sorrindo exangue, à noitinha que o saboreia
Desejo do tato apartado, pego em fogo bailarino
Que lambe, enrosca e não se apaga, lascivo sexo vibrante
A correr louco e espiralado por quenturas evidentes
Súbito grito absurdo faz-se, num falso sentido dúbio
Qual temporal nos nervos, o mistério que violento sinto
Propagando-se, e ecoa, no apalpo de denso pressentimento
Em força que de si deriva, cegando a visão azul
Que a própria maravilha cobra ao infinito livre e eterno