Foi assim, repentinamente...
A poesia me seguia por toda a parte.
E me falava sempre todos os poemas
de um escuro de silêncio que era só meu.
E de repente ela se calou, simplesmente.
Deixou um recado como um eco distante
silencia neste silêncio que lhe faço,
não se desespere que preparo nosso reencontro,
não se torture que vai doer um tanto sem o canto
e nem se amargure que lhe preparo outros encantos.
E vai ser mais triste a sua tristeza assim sem cantar,
vai ser mais angustiante a solidão sem ter por onde ir
e sem fugir pelas veredas dos versos vai ser torturante.
Assim se deu de precisarmos desse estranhamento,
desses olhares pelas palavras que desperdiçamos,
foi assim de termos de nos deixar muito mais a sós,
a poesia e este eu que nem sabe dela e um outro eu,
que sempre a encontra mesmo sem nunca a perseguir.

Sinal de que existem coisas que encontram seu tempo de morrer.
Sinal de que existem coisas que vem antes do tempo de nascer.
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 04/07/2011
Reeditado em 19/05/2021
Código do texto: T3073822
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