Pedras Sagradas
Sou fruta madura,
Nascida nos trópicos,
Sereia entre ondas,
Do mar emergida,
Se o mar entregasse,
Os versos contidos,
Nas ondas branquinhas...
Eu bem poderia, voltar lá pra Minas,
A Minas do sul, Mantiqueira e tropeiros,
Rever a Itajubá, que é pedra amarela,
Da família Pereira, e de Alcides Faria.
Faria uma festa ao rever a cidade,
Faria aquela gritaria!
Minha irmã, eu voltei, trouxe na bolsa o minério,
O ferro contido nas serras que por lá visitei,
Meu corpo doido, das altas escaladas por onde andei...
Hoje a névoa encobre o dia,
O frio ultrapassa minha alma,
Novamente o sol amanhece
Esconde o jasmim da noite, entre sonhos,
Entre vestígios da mente,
De novo me encontro entre as montanhas de ferro,
Aqui de Itabira,
Entre a montanha que brilha,
Concreto o dia, distante das Minas,
Nascidas no sul das minhas, Minas Gerais.