PARA A MULHER AMADA

PARA A MULHER AMADA.

A mulher amada que foi muito amada,

Não tem sequer, apenas um defeito.

A mulher amada realmente amada,

Não tem tiques e nem manias.

A mulher amada e bem amada,

Só tem charme e um monte de virtudes.

A mulher amada, deveras sempre amada,

Não é super quente e nem demasiado fria.

Quando ela é amada, muito bem amada,

Não tem sintomas e nem sombras de alergia.

Quando ela se sente amada, sinceramente amada,

Só tem cólicas faciais de pura alegria.

A mulher amada periodicamente amada,

Não tem crises e nem derrames graduais.

A mulher amada menstrualmente amada,

Tem sintomas de vida e rica poesia.

Quando ela se sente amada, muito amada,

Faz-se primavera no jardim do seu ventre.

As rosas se desfolham num outono de sangue.

É um despetalar de vida em sumo quente.

Eram muitos cravos e rosinhas de vida.

Porque ela foi amada, muito amada,

Como esperta flor, amada e sabida.

Quando a mulher amada é muito amada,

A distância é um sonho que se encurta.

As horas voam e o tempo inexiste.

Porque a mulher amada é simplesmente amada,

Na rodovia, no mirante, na passarela e na pousada.

Ela sempre será amada e sempre será linda.

E, entre as mais lindas, ela é linda de bela.

A mulher amada devotamente amada,

Não tem imaginário e nem físico defeito.

Só tem halo encimado e bordado,

Revestindo-lhe o sorriso num trejeito.

Da mulher amada, ninguém é mais amada do que ela,

A MULHER AMADA.

Eráclito Alírio

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 01/12/2006
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