Onde andará?
Onde estará aquela fulgurante aurora
Que trazia em volta dos seus cabelos
Reflexos de ouro, brilhos mais extremos
Que se apagaram , de repente ,agora ?
Onde andará o cavaleiro andante
Que em seu cavalo branco galopava altivo
Fazia seus percursos atravessando rios
Para ao lado ficar exultante ?
Onde andará os reflexos de prata
Da lua enorme que sobe para o céu
Rindo tonta de meus devaneios bobos
Sem entender meus labores que a desgasta?
Ah! Tudo isso já me basta
Nada mais me resta que deitar as penas
Desaparecer nas brumas sem deixar poemas
Sem bilhetes ou recados vãos
Renegar no peito, o pobre coração !
Cansado e frágil músculo , que de bater se gasta
Sem nada entender ,em solidão se rala
Só faz asneiras e se recolhe exaurido
E assim sobrevive...Oh!desgraça!
E se liberta neste grito...