Onde andará?

Onde estará aquela fulgurante aurora

Que trazia em volta dos seus cabelos

Reflexos de ouro, brilhos mais extremos

Que se apagaram , de repente ,agora ?

Onde andará o cavaleiro andante

Que em seu cavalo branco galopava altivo

Fazia seus percursos atravessando rios

Para ao lado ficar exultante ?

Onde andará os reflexos de prata

Da lua enorme que sobe para o céu

Rindo tonta de meus devaneios bobos

Sem entender meus labores que a desgasta?

Ah! Tudo isso já me basta

Nada mais me resta que deitar as penas

Desaparecer nas brumas sem deixar poemas

Sem bilhetes ou recados vãos

Renegar no peito, o pobre coração !

Cansado e frágil músculo , que de bater se gasta

Sem nada entender ,em solidão se rala

Só faz asneiras e se recolhe exaurido

E assim sobrevive...Oh!desgraça!

E se liberta neste grito...

luferretti
Enviado por luferretti em 01/12/2006
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