Construtores de sonhos
Com engenho e graça o poeta faz a praça, onde amantes e bêbados dormirão,
a lua, vez por outra também vem se enamorar... Se há flores pouco importa, na folha morta vive a saudade a murmurar... Outrora se viveu, canções e afagos...
A praça é feita de sonhos, como de sonhos são feitos os amores que nunca se consumam... E como deuses no ilimpo, poetas tercem as linhas metafísicas de um amor romântico... amor que não lhes servem, como incrédulos de um deus que nunca existiu... Mesmo que a praça seja para eles incolor, constróem bancos, coretos e até jadins de uma época de ouro, de uma cidade pacata e bucólica, que podem no futuro acolher novos sonhadores, poetas do porvir.