E deixe o mérito no bar...
Ele ainda acordado, cabeça um pouco embaralhada da cerveja
gelada que agora quente jazia imóvel em seu copo,
ele sempre soube como seguir em frente, tropeçando entre
estrelas e sambas descompassados vivia dançando como
um palhaço embriagado, sorria a todas as tristezas que lhe fizeram chorar, a falsidade linda da mesa do bar do Carlo, ele propunha um brinde aos sonhos caídos, se cansara dos resmungões rabugentos que não paravam de reclamar da vida, a vida é linda, está na beleza do copo, na avareza do velho, no cigarro de burguês no sotaque Francês, na dança a três, em ficar mais um pouco, no grito do louco, em ficar acordado, em ficar irritado, no barraco assombrado, no tiozão engraçado, tanto faz, ao voltar pra casa o sol estaria nascendo e o café estaria fresco e naquele momento era tudo que importava ...