Dor
Dor que me enverga
Me envergonha , me cega
Dor do peito , não fisica , no coração
Dor com ira , a dor da ilusão
Perdão? Amor? Incensibilidade?!
Sou o homem mais ébrio na dor da cidade
Seguir adiante , mesmo machucado no lado
Sufocar a dor , morrer calado
Eis a revolta do forte tubarão que morre
Lançado a rede , açoitado com arpão , ferido no lado
De que adianta seus dentes agora , sua face de bravo
Guerreiro dos mares , agora é frágil
Assim sinto-me na dor
Frágil ser desolado
pronto pro abate , pra ser sacrificado.