a Poesia procura fendas ...
busca espaços para se infiltrar ...
para se deixar filtrar pelo sol falado ... pela lua calada ...
pela magia obtusa que procura reentrâncias para fazer caminho ...
saliências por onde escorre em carinhos ...
pela magia obtusa que procura reentrâncias para fazer caminho ...
saliências por onde escorre em carinhos ...
a Poesia descobre frestas , que atravessa em cores ...
em brilhos ... em feixes ...
em brilhos ... em feixes ...
ela é água que tanto bate até que fura ...
até que vaza ..até que flui...
até que vaza ..até que flui...
ela é o mel que escorre da boca ... é a seiva que nutre a flor ...
ela é o fluido que dá combustível ao estranho amor ...
ela é o fluido que dá combustível ao estranho amor ...
ela é lenha que faz a labareda desenhar paixão no céu ...
a Poesia é anfitriã em toda festa que meu coração entra de penetra...
é a musa do salão ...da emoção ...da percepção ...
é a noiva no altar esperando meu melhor sentimento lhe pedir em casamento ...
é a champanhe que explode borbulhas e alegrias à cada dia que se inicia ...
ela vicia ...
ela asfixia o silêncio com suas palavras em vento ...
ela asfixia o silêncio com suas palavras em vento ...
ela separa ...divorcia a angústia do peito ...
segrega sem pena quem não lhe crê com respeito ...
segrega sem pena quem não lhe crê com respeito ...
a Poesia trás no tempo , nosso jeito ...
e em versos adorna com sonhos e pétalas,
nosso jardim de sorrisos plantados
e fértilmente poetizados ...
(( MELLMELLO))
e em versos adorna com sonhos e pétalas,
nosso jardim de sorrisos plantados
e fértilmente poetizados ...
(( MELLMELLO))