Você ainda pode sonhar
Meio sonolento, extasiado, num torpor diferente...
Viajo entre a insanidade de um mundo de mentiras...
Me perco diante ao meu reflexo no espelho, sem saber ao certo...
Se a imagem refletida é realmente minha, ou de alguém que já se fora...
Em meus olhos, um brilho apagado, mortiço e misterioso... Sobrenatural e sombrio...
Minhas roupas estão antiquadas, envelhecidas e carcomidas pelas traças...
Meus cabelos que outrora eram dourados como o raio do Sol estão estranhamente negros...
Negros como uma noite sem luar, e minha face... ahhh! minha face pálida...
Aparento ter uns noventa anos e não a minha verdadeira idade...
Meus pés estão calejados, coberto de feridas e bolhas com sangue pisado...
Minhas mãos esqueléticas e tétricas, com todas as unhas afiadas como garras...
Minha barba que antes era rala e amarelada, agora está cerrada e desgrenhada...
Na altura do peito, somente um pouco acima... talvez, não sei ao certo...
Meus olhos estão vidrados na casa, na mobília, observo cada pormenor e detalhe que seja...
Faz tanto tempo que estou preso dentro de minha própria clausura, meu martírio interior...
Perdi completamente a noção do tempo... Ahh! O Senhor Tempo...
Nada como o tempo e as suas atrocidades para curar as chagas abertas...
Sei que sou um prisioneiro de mim mesmo, mas tento me libertar a qualquer custo...
Pagarei um preço tão alto por essa vida mundana que levei por décadas... Talvez séculos, a essa altura, não sei a minha idade...
Mas não me arrependo, faria tudo de novo, detalhe por detalhe...
É como se a vida tirasse tudo e todos de nós num piscar de olhos...
E quando se dá por conta, está preso num mar bravio e silencioso ao mesmo tempo...
Numa redoma invisível, onde só você mesmo sabe de seu cárcere eterno...
E agora eu estou aqui, pronto para falar ao mundo com palavras desconexas...
Que eu estou vivo, sempre estive... É só ver em volta e escutar o meu canto:
VOCÊ AINDA PODE SONHAR!
Meio sonolento, extasiado, num torpor diferente...
Viajo entre a insanidade de um mundo de mentiras...
Me perco diante ao meu reflexo no espelho, sem saber ao certo...
Se a imagem refletida é realmente minha, ou de alguém que já se fora...
Em meus olhos, um brilho apagado, mortiço e misterioso... Sobrenatural e sombrio...
Minhas roupas estão antiquadas, envelhecidas e carcomidas pelas traças...
Meus cabelos que outrora eram dourados como o raio do Sol estão estranhamente negros...
Negros como uma noite sem luar, e minha face... ahhh! minha face pálida...
Aparento ter uns noventa anos e não a minha verdadeira idade...
Meus pés estão calejados, coberto de feridas e bolhas com sangue pisado...
Minhas mãos esqueléticas e tétricas, com todas as unhas afiadas como garras...
Minha barba que antes era rala e amarelada, agora está cerrada e desgrenhada...
Na altura do peito, somente um pouco acima... talvez, não sei ao certo...
Meus olhos estão vidrados na casa, na mobília, observo cada pormenor e detalhe que seja...
Faz tanto tempo que estou preso dentro de minha própria clausura, meu martírio interior...
Perdi completamente a noção do tempo... Ahh! O Senhor Tempo...
Nada como o tempo e as suas atrocidades para curar as chagas abertas...
Sei que sou um prisioneiro de mim mesmo, mas tento me libertar a qualquer custo...
Pagarei um preço tão alto por essa vida mundana que levei por décadas... Talvez séculos, a essa altura, não sei a minha idade...
Mas não me arrependo, faria tudo de novo, detalhe por detalhe...
É como se a vida tirasse tudo e todos de nós num piscar de olhos...
E quando se dá por conta, está preso num mar bravio e silencioso ao mesmo tempo...
Numa redoma invisível, onde só você mesmo sabe de seu cárcere eterno...
E agora eu estou aqui, pronto para falar ao mundo com palavras desconexas...
Que eu estou vivo, sempre estive... É só ver em volta e escutar o meu canto:
VOCÊ AINDA PODE SONHAR!