Crônica de um Cara que mora Só.

Roubram os meus cigarros

E agora estou largado

numa pilha de jornais

fazendo recortes

de fotos passadas,

de velhas ciladas,

que achei significantes.

Com a cabeça estourando

e ratos cantando

analgésicos demais

espamos infernais.

Traga mais café

quente e sem açucar

arrume a bagunça

que ficou em meus pensamentos.

Um momento.

Um momento.

Já não fico em pé

só me deito.

Não falo,

só escrevo.

E como escrevo!

como escrevo,

como e escrevo

E ultimamente nem como,

só bebo!

Nem anti social

Nem anti capitalista

O mundo inteiro esta fora de vista

Estamos todos a ver ET's.

Neblina e baixas temperaturas

Sozinha no sofá contemplando as rachaduras.

Se o teto desabar

vou ter algo pra me gabar

numa sexta feira ingrata

Onde o amor não vive,

só mata.

Que tal uma bebida para esquentar?

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agradecendo ao London por me emprestar uma de suas frases brilhantes.

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 24/06/2011
Reeditado em 24/06/2011
Código do texto: T3055297