na noite o amante diz:
ontem a estrela fixou o sonho do poeta no infinito
esperar é doação sem medo se a voz do coração pede
o minuto da ausência não pode contra a eternidade
no pensamento rodeia a lembrança boa: repleta de bonitos sentimentos
o que é o amor senão esta entrega à fé?
eu só sei amar e entregar o desejo a palavra e a ação porque sei do amor
em tudo habita o sentimento verdadeiro porque a alma é para sempre
sei entender o tempo da ausência física porque me entrego inteiro
diante do presente a voz se cala o coração ouve e a alma espera
quando nos uniu a eternidade já sabia ela que o amor não tem limites
só a vastidão do olhar pode ensinar os segredos de quem ama
eu só posso entender o amor se entendo o destino e nele me habito
fixo meu pensamento na tua alma escutando teus batimentos e sou feliz
entre os deuses uma estrada se caminha com flores e com paz infinita
as cores do silêncio são as cores do nosso silêncio e de como nos é viver em silêncio
sempre o meu coração se prostra diante de um altar particular onde habita meu amor
eu escolho o conjunto de pertences da minha felicidade
ante o amor pode-se ocultar o peso da vida e levitar nos sonhos experimentados
uma porção de células apaixonadas sempre está flutuando no caminho por onde respira o amor
eu lhe espero amor sem um só peso nos ombros porque é leve e pura a minha luta
um espírito paira em mim soprando a energia da palavra tornada amor e me ensina a direção para encontrar na ausência e no silêncio o cheiro e o gemido da bem-amada
eu preciso do amor aqui:
da minha preciosa flor
... eu te amo carla...
alê...
(Alexandre Tambelli, para Carla, São Paulo, 14 de agosto de 2009 - 23:56h).