Tormenta
Não sou maluca, nem louca, mas por bem pouco, quase fui. Louca de pensar que te amava e te desejava ao meu lado.
Embrulham-me as entranhas e vertiginosas ondas me invadem, feito tormenta em alto mar, ao ver-te carrasco de meus sonhos. Asco, revolta, impotência, carência, solidão. Procuro um farol, um abrigo que me ofereça o alento de um instante de calma. Preciso de paz, de sossego e conforto. Espero, silencio meu ser e aguardo. Triste constatar que o tudo virou nada, que a admiração transformou-se em desprezo. Fujo de você. Basta! O pouco que havia de você em mim morreu. Saia, não te quero mais, nunca mais. "Aqui dentro, não te permito mais entrar".