Bálsamo

Mergulhei no brilho dos seus olhos... Perdi-me!

Bebi do néctar dos seus lábios... Embriaguei-me!

Agora me sinto a maior das egoístas por te querer só para mim...

Simples assim... As janelas dizem e a alma entende, e tudo se transforma em ausência quando não se está junto.

Cada minuto é um eterno suplício sem você, cada instante ao seu lado dura uma fração de segundo, o velho louco do Einstein sabia do que estava falando, será que ele sentia?

A relatividade é cruel, e ser escravo do relógio é uma tortura...

Meu relógio sempre marca a hora errada, e o momento certo nunca chega. Voltas e voltas completas e nenhum momento certo.

O que é dos ângulos sem que se tenha alguém os apreciando, ainda que de longe?

O tempo, tão incerto, talvez já se tenha ido, junto com as palavras trocadas através dos dedos, sentidas através das telas, aspiradas com a fumaça que enegrece os pulmões e diminui o próprio tempo...

A espera tem sido longa, tem sido unilateral, e o sentir também se tornou uma estrada de mão única, cheia de semáforos vermelhos... Pare! Pare! Pare!

Os semáforos se abrem um dia, e tudo fica verde, como os olhos e como o líquido que desce pelo corpo trazendo sensações e lembranças de momentos que só eu e você compartilhamos...

Isabel Cristina Oller
Enviado por Isabel Cristina Oller em 20/06/2011
Código do texto: T3046767
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.