Esquecimento
...e o que me resta saber!? Somente tudo aquilo que eu preferi esquecer há tanto tempo.
...e o que lhe resta entender!? Todas as pessoas que você já se esqueceu lhe lembram sempre.
Noite após noite, de bar em bar, jaz o seu corpo, acompanhado de um cigarro mal tragado e um copo de bebida.
Noite após noite, de hora em hora você ceifa mais uma alma perdida.
...e o que me resta entender!? No final das contas, seu semblante desapareceu no espelho quebrado. Mas não posso esquecer que os cacos afiados ainda machucam as mãos, se eu mexer neles.
Noite após noite, de rua em rua, busquei minha alma, ceifada por você.
Grande foi a minha surpresa, ao perceber que ela estava perdida dentro da apatia que se instalou em mim.
Mas não entendo porque você ainda tenta me atormentar, de dentro dos meus próprios pensamentos que tentam me destruir.
Apesar de morta, você tenta me destruir por dentro, e eu sigo lutando, hora forte, hora fraco; hora sóbrio, hora ébrio; hora vivo, hora morto. Mas sempre lutando...