Passa, como qualquer outra dor
Ela estava desesperada, tinha dentro dela todos os sonhos do mundo e ao seu redor o seu pior pesadelo.
Quando estava triste trancava-se no quarto e abandonava completamente em suas lágrimas. Queria gritar, mas não saia voz. Seu nariz já estava vermelho, seus olhos inchados e parecia que nunca ia secar. Quanto mais sofria, mais produzia lágrimas e pensamentos que bombardeavam uma vida inteira mal vivida e desestruturada.
Sofria conforme o tempo passava e esse contradizia sua filosofia. Para ela quanto mais o tempo passasse mais lágrimas se acumulariam mesmo se chorasse sem parar.
Sozinha, no seu quarto, onde tinha a chance de fazer com que aquele sofrimento acabasse definitivamente. Mas o telefone tocou na hora errada. E estragou tudo.