CRESPA MENINA

C R E S P A – M E N I N A.

Com o teu silêncio crespa menina, eu tenho experimentado um sentimento absurdo de culpa.

Questionando-me ensimesmado, procurando um motivo que talvez involuntariamente tenha te induzido a esse silêncio, e que se faz martírio dentro de mim.

Tenho saudades de ti e me faz falta o teu sorriso líquido de Crespa-Mulher, mas nos meus poemas ainda teimo com uma menina, feito princesa, graciosamente reverente à sua majestade o Crespo-Rei.

Muito tenho para te contar e, por certo, muito mais tens para me dizer.

O meu segredo, eu só te revelarei se me escreveres, isto pode ser uma chantagem, mas quero ainda sentir o teu interesse pelos meus segredos.

Tenho-te composto alguns poemas, ainda não te mandei porque nem ao menos sei se recebeste o último: “Acróstico Onomástico Gênese”.

Como vai a faculdade, o teu trabalho e os teus namorados? Qual é o último?

Quero-te ainda como uma doce canção, e que o silêncio não roube de mim a tua melodia de filha.

Com um beijo do teu Crespo-Rei destronado, para uma princesa-menina que ainda vive em mim.

Eráclito Alírio

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 28/11/2006
Código do texto: T303698