"UMA NOITE ENTRE A DOR E A TRISTEZA"
Vazio, grande vazio é o que sinto,
tormento, lágrimas e gritos;
é assim, é um grande infinito,
dor, meu peito crépida de dor.
É forte como o fogo,
que aos poucos se espalha,
tormento, grande tormento,
que mexe com minha alma e
com meus sentimentos.
Um dia, uma noite,
um crépidar, um olhar!
É como um furacão, que tudo leva,
levando a minha paz,
levando o meu sossego,
mas enfim, ficou um apego,
é como um filho
pálido e despido.
Filho, filho meu!
Vem para os meus braços,
como um recém nascido,
vem meu bem, meu querido
deite sua cabeça, esqueça o passado
e sonhe com o futuro,
o futuro que sonho te dar,
quando tenho em meus braços
para fazê-lo sonhar.
Foi assim que sempre sonhei:
tê-lo em meus braços
e chamá-lo de filho meu,
deita, sossega, o teu pobre
e cansado coração,
deixe-me dar-te meu amor
e, depois, tirá-lo da solidão.
Sei que das mães,
posso não ser a melhor,
mas posso tentar, recuperar,
todo o tempo perdido,
sei que o tempo jamais voltará,
mas sei que posso mudar o futuro
ser o que nunca fui, ou, talvez
o que não conseguir ser.
Sonhei um dia ser a melhor mãe
do mundo
e tentarei se você me der
a chance de sê-lo.
Amo-te, meu filho!