A prece que virou pressa...

Hoje o mundo moderno nos leva a caminhar por uma esteira eléctrica onde o correr é a constante.

Vivemos os dias a correr como quem vai perder o transporte da última hora.

No correr de cada dia, o que mais fica para traz?

Com certeza, na ânsia de fazer tudo, quase tudo fica por fazer.

Esse é o dilema da população moderna.

Apressados corremos, sem nunca ao destino chegar, cansados e estupefactos de tanto correr, seguimos o destino como quem não sabe o caminho a percorrer, mas tendo hora marcada para chegar.

No correr de cada dia nos esquecemos de quem não vemos, deixamos de lembrar daquele com quem não falamos.

Quem não é visto não é lembrado, assim diz o velho ditado.

Como lembrar de Deus nos tempos modernos?

Como falar com ele se estamos presos a uma corrente de activismo enlouquecedor?

O mundo moderno é composto de pequenas mensagens, alguns toques e poucas palavras, onde um olá é como que um respiro dizendo que estamos vivos.

Como falar com Deus neste mundo actual?

Hoje a oração que representa falar com Deus, deixou de ser prece para ser pressa.

Hoje o falar com Deus deixou de ser relacionamento para ser apenas um “não me amole”, “agora não posso” , “amanhã falamos” “sinto muito”.

Nos dias de hoje a prece virou pressa, a alma ficou solitária, a vida se tornou uma grande roda gigante que está a girar sem parar e sem sair do lugar.

Hoje, quando a prece virou pressa, a vida ficou sem sentido e assim andamos como quem está perdido.

Deixar de falar com Deus, é deixar de saborear a vida.

Deixar de exercitar a prece com pressa é dar tempo para a vida.

Se a sua prece virou pressa, cuidado, pois sua vida poderá deixar de ter sabor.

Deixe de pressa e faz uma agradável prece a Deus.

“Pois eu dizia na minha pressa: Estou cortado de diante dos teus olhos; não obstante, tu ouviste a voz das minhas súplicas, quando eu a ti clamei”. (Salmo 31:22)