[Saudades de Mim... Embalos de Menino]
O ruído das rodas do trem
nas emendas dos trilhos
.... trac, trac;... trac, trac;... trac, trac...
embala-me...
Viajo mais é na distância
imensa que fica para trás,
e na paisagem rápida
que se perde na distância ao lado.
E penso:
se eu me mantiver viajando,
viajando, viajando...
serei sempre menino!
Quem é velho é quem chega,
eu, estarei para todo o sempre,
no trem que me leva!
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[Penas do Desterro, 20 de agosto de 1998]
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Variante do original de jan 1998, conforme pág 21 do velho caderno 1 -- Rescrita na pág 32 do Caderno 2 em 20 agosto de 1998]
Na pág 21 do velho Caderno 1 há os versos finais que foram omitidos na variante de 20 de agosto de 1998:
À frente, o sol nascente
rebrilha nas paralelas
férreas que se juntam
na distância infinita.
Na p. 90-verso do Caderno 1, aparece a versão acima do poema, com ilustração refeita de um certo “caderninho” – dado por perdido!
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... faço fé em mim?! Faço nada... nunca me levei a sério! A prova está aí acima...