Linda, linda, linda, ...

Linda, Linda, Linda.

``Rompestes em fulguras,

vindo magnífica,

como num dia vieram águas e céus,

e,

te puseste lampejante,

e o dia foi mais dia, o sol foi mais sol com teu brilho.

E, assim,

descestes exuberante em lineares véus,

tua beleza alcançou estrelas, céus,

só vejo-a, só beijo-a.

Nasceu-me um Sol naqueles tempos,

nos nossos lugares...

Veja o que eu encontrei...,

veja...,

veja teu perfil,

teus traços;

Teus prógonos são de longe.

Vimo-nos um dia,

talvez,

bem lá atrás.

Isso deixa-me louco,

é o cúmulo dos alteamentos,

faz-me voar em meios, em meios psicodélicos,

de encanto,

nítidos e claros, no entanto;

Linda..., teu nome é Linda...,

De onde vens... ?

Ah...

teus lindos olhos mostram-me,

que lindos olhos rutenos:

Vens do oriente, de onde nascem as coisas,

lá as almas incandescem, levitam...

-Não..., ai..., desculpe tá... ?

O que foi ? Falei algo errado ?

-Não, tudo bem, ehhh..., não estou acostumada assim...

-Sabe..., nunca conheci alguém...,

voce me chamou a atenção..., me deixou assim...,

Te gosto porém...

Huhuum...

-O que foi ?

-Não fique chateado...

Não, não..., tudo bem.

É só porque estou aqui, bem diante de ti,

aqui mesmo me perdi,

acho-me aqui,

no entanto,

veja só,

e,

ao passo que te encontrei...,

não sei se vais estar comigo...

Somos tão jovens, porém já senti essa profusão.

Comovo-me aqui, nesse ínterim,

fecho os olhos e vejo nossos olhares condoídos,

numa esfera, num ambiente de ventos,

por isso,

vejo teus cabelos voando,

de alvura serena o teu rosto,

entrementes,

teus olhos expressam dôr,

a mesma que fere meu coração,

impilo-me à baixar minha fronte,

em adoração, em respeito, em medo, em pagas, não sei.

E você nada diz ?

-Huum, sabe, voce fala de coisas muito bonitas...

Já sei,

tuas gentes adoram a alquimia ,

algumas pessoas esperam isso de voce,

não me subestime, sinto-me inteiro, ainda, faceiro...,

Dói-me saber de tuas disciplinas, não vês ?

Apostam em tuas conquistas, de um mundo inteiro.

-Não, pára...

-Fico até nervosa com teu jeito.

Um tempo depois...

Não sei bem o que quero da minha vida.

Mereces alguém melhor,

de posses, talvez,

alguem superior, não me vejo em condições...

-Por quê ?

Errhhh, eu acho que não vai dar certo...,

não sei,

não estive por perto,

não me sinto pronto...

...voce nunca me disse se me amava,

e,

nessas horas eu me acamava,

e é quando o inimigo me difavama,

nada me acalmava,

por isso não via-te de perto,

por tudo, acho tudo incerto...

-Páre, por que está falando assim...?

Sabe meu amor,

acredito que não vai dar,

não vai combinar,

nosso amor vai afundar,

eu já afundei,

não me acho,

tenho-me lá embaixo,

em nenhum lugar,

ando de bobagens...

-...agora nós podemos...

Não.

Eu sinto muito,... não vai dar...

-Eu não entendo...;

Também não entendo...;

-Já imaginou como seriam lindos os nossos filhos ?

( interregno...)

Te amo muito,

meu sentimento por voce me corroi,

e dói,

porque

não daria certo,

sabes dos meus defeitos,

buscam, é certo, teus deleites,

mas,

já falou deles,

talvez o ciúme de que voce fala...

talvez as coisas que voce não fala...

Certo que verás-me arrependido,

que tinha podido,

verás-me indo atrás,

teu consentimento não mais me darás,

será o fim, aliás;

-Mas..., por quê ?

Eu não sei..., estou deserto, faço-te minha, ainda, enquanto suspiro.

Minha, a mais Linda mulher que já vi.

Adeus, ou melhor, ...por Deus..., por Deus..., deixa que eu dê uma volta e meia

no ceu, de dez anos cada uma , e volte para ver-te de novo : Linda !!!

Teobaldo Mesquita

Teobaldo Mesquita
Enviado por Teobaldo Mesquita em 27/11/2006
Código do texto: T303096