Baile de máscaras
No breu da noite somente raros clarões.
Clarões artificiais iluminando as máscaras.
Em um balé muito inconstante.
Ao som de rimas sem definição
Minha emoção bailando atrás da razão
Rodopiando ,flutuando,machucando...
Neste palco montado de fascinação
Neste universo infinito, bailo...
Esperando a iluminação...
Neste bailar me apavoro.
Quantas máscaras!Quanta ilusão!
Nada neste pesadelo é real.
Pedaços de sonhos que alguém ousou juntar.
Recriando o espetáculo sem o toque do autor
Imitação escondida atrás das máscaras
Capricho com as tintas. Esmero nos enfeites...
Faltando somente o brilho da iluminação.
Transparência esquecida na montagem do espetáculo.
Somente o autor sabe o segredo
Da definição das rimas...
E enfim o essencial; a transparência das máscaras.
Que não foram feitas para ferir, iludir..
Mas sim, tão somente, para encantar.