POESIA EM MOVIMENTO

 

 

Para Dona Judite, uma verdadeira poesia em movimento.

 

 

Muito caminhei e muito ainda tenho a trilhar,

Pelas pradarias diversas do mundo.

E raramente, às vezes, tenho encontrado,

Pessoas lindas e boas como a Senhora.

Com o seu jeito brejeiro de ser e sua

Juventude de muitas idades vividas.

Que hoje aflora nessa graciosa simpatia.

Irradiante, tão primitiva e tão sabida.

Inúteis seriam as letras da minha poesia,

Para interpretar a sua vida neste momento.

Por mais que eu usasse a fantasia,

Seria limitado em minha inspiração.

Porque o poeta também é imperfeito.

A ele ainda não foi dado o direito,

De sublimar a poesia em movimento.

A Senhora é essa poesia que quero cantar.

Uma poesia pura, sem métrica e sem rima.

Mas cheia de vida e transbordante de amor.                                                                                   

E só quem amou muito na vida, um dia,

Pode ser hoje com galhardia a inspiração,

De um indigno poeta com a sua vã poesia.

A Senhora detém a indizível juventude.

É bem verdade, já metalizada com o tempero do tempo.

Mas poderia emprestar com muita segurança,

Às meninas idosas de muito pouca idade.

Essa é uma humilde homenagem

Que, rendo-lhe muito pura e espontânea.

Oferecido me disponho e espero,

Ir à sua casa se a Josete me levar.

Sou assim mesmo, afoito e oferecido.

Submisso à poesia e ao seu cobiçado café.

Muito no ponto e carinhosamente aquecido.

É a sua estratégia de a gente conquistar.

Pessoas lindas como as da sua estirpe,

Eu ainda gosto de gostar.

 

 

Eráclito Alírio

 

 

 

 

                                            

 


Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 26/11/2006
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