MÃE PRETA

Com um lenço branco amarrado na cabeça

Na pele a cor negra que muitos repelem

Pobres coitados que a não reconhecem

A mãe preta do cerrado

Nos tempos da escravidão servia a sinhá

E quando conseguia escapar

Ia junto aos seus para curar

As feridas de seus irmãos de cor

Que eram abertas pelo rancor

Dos feitores e do capataz

Mas o tempo ruim passou

Deus, Jesus e mãe preta perdoou

E hoje ainda vive daquele jeito

Curando feridas e amenizando a dor

Em nome de Deus e de Jesus Nosso Senhor!