Non Ti Scordar Di Me
Non ti scordar di me. E se...? Que importa? Esquecemo-nos em inefáveis acasos dos ocasos. O que são bolhas de papéis? Mas aquilo não era para você querida, não poderia ser. Apenas os queridos sabem. Por isso minha face se encontra afogada numa infinita neblina. Tudo isso faz parte de uma ilusão a uma alusão. Acho que escrevi demasiadamente o escusado. Mas isso não: sua doçura, meiguice e voluptuosidade foram meras quimeras que tive o prazer de por o fim. Prazer não é paixão, prazer é a trágica realidade. Sim, considero-a trágica. Dentre estórias e algumas histórias, encontros nas gradações do horizonte, rebeldia, segredos e tragédias por consequência de uma sociedade fundamentalista e hipócrita, sobretudo, non ti scordar di me. Já tinha e deveria ter-te esquecido, não tenho dúvidas de sua parte. Mas o fato é que a lógica não permite isso, consequência de sua imprevisibilidade: não sei quando tudo o que me faz lembrar você será apagado de minha memória cansada. Mas essas palavras são apenas eflúvios elétricos, não as dêem importância. Nada há. Mas ainda há algo que me excita. Você foi uma ponta do iceberg que não daria dez páginas de minha biografia, mas já fazes parte de mim. Portanto, até que - ou se- o destino surpreenda-nos com seu grande espetáculo teatral,
Non ti scordar di me.
Addio!...