ANJO DA GUARDA

ANJO DA GUARDA.

Anjo da guarda

Que me guardas

Do nascimento à madura idade.

Sempre a minha retaguarda

Da juventude à maturidade.

Anjo meu sentido de viver

Nos lamentos e nas alegrias

Na eternidade hei de te conhecer!

Juntos nós faremos mil e uma estripulias.

Pequeno ser invisível e alado

Cão-fila dos maus momentos

Choras com os meus pecados

Feitos sem o tem consentimento.

Pequeno Querubim de asas de ouro

Nunca te vi nem em sonho!

És transparente doce e loiro?

Confiança em ti, às vezes, eu ponho.

Qual é o teu nome?

És mitológico como Zeus?

Tinhas um dia sobrenome,

Ou te chamas de pequeno Mitzrael?

Sabes? Às vezes, eu cometo loucuras,

Acho que fico numa boa... Ao léu...

Traindo-te em mil diabruras.

Tu és pura bondade, perdoa-me!

Sou o teu amigo, cede-me a tua candura?

Olho-me no espelho e penso te ver.

Iludido acho-te atraente. Perdão!

Eu me esqueci que tu és

Lucigênito e transparente.

À noite, a dois, cometo um pecado.

Seis que tu não estás mais comigo.

Vejo-te de mão no rosto, ali no bidê sentado.

Mas Anjo não é pecado!

É um encontro de dois umbigos.

E qual é o teu doce pecado?

Que cometes longe daqui,

Não o vejo, pois és transfigurado.

Teu pecado é bom e celestial

Entre os Anjos e os Serafins

Com acordes de harpas e flautins.

Então não interrompas!

O meu pecado é mesmo assim,

De morena matéria, um vislumbre!

Mas não faz essa carinha de viuvez,

Acho que tu tens é ciúmes.

Tu me tens todos os dias,

Enquanto, a morena me tem uma vez por mês.

Eráclito Alírio

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 25/11/2006
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