QUANDO ELA PASSA
QUANDO ELA PASSA.
Quando tu passas, esbelta, resoluta e imponente,
Parecendo exibida e fingindo não me ver
Sei que me provocas, vejo em teus olhos
Esses olhares furtivos, quase travessos
Persigo passo a passo o teu andar até o final
Da rua, na qual, suponho, tu te escondes de mim
És linda, nunca feia, tens um particular jeito
Sensual de ser que me agrada sem igual
Qual é o teu nome súcubu provocante?
Se tiveres um nome não me disseram, por isso, cismo
Quero fazer-te parar um só instante
Ouvir a tua voz, sentir o teu cheiro de mulher
Tocar em tuas mãos pequenas, claras e invisíveis
Que jeitosamente levas lânguidas junto ao
Teu pequeno corpo, branco e altaneiro
Pára um momento, mira-me e não fique só
Nos sorrisos, eles me causam devaneios
Estou pronto para te receber, te ouvir e me encantar
Ser ouvido e, de pronto, sermos auto-apresentados
Depois o destino cuidará dos ditos enleios, se houver.
Eráclito Alírio