QUANDO ELA PASSA

QUANDO ELA PASSA.

Quando tu passas, esbelta, resoluta e imponente,

Parecendo exibida e fingindo não me ver

Sei que me provocas, vejo em teus olhos

Esses olhares furtivos, quase travessos

Persigo passo a passo o teu andar até o final

Da rua, na qual, suponho, tu te escondes de mim

És linda, nunca feia, tens um particular jeito

Sensual de ser que me agrada sem igual

Qual é o teu nome súcubu provocante?

Se tiveres um nome não me disseram, por isso, cismo

Quero fazer-te parar um só instante

Ouvir a tua voz, sentir o teu cheiro de mulher

Tocar em tuas mãos pequenas, claras e invisíveis

Que jeitosamente levas lânguidas junto ao

Teu pequeno corpo, branco e altaneiro

Pára um momento, mira-me e não fique só

Nos sorrisos, eles me causam devaneios

Estou pronto para te receber, te ouvir e me encantar

Ser ouvido e, de pronto, sermos auto-apresentados

Depois o destino cuidará dos ditos enleios, se houver.

Eráclito Alírio

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 25/11/2006
Código do texto: T300806