VIDA, GIROS E PULINHOS

Evaldo da Veiga

Ela olhou-me com aquele seu jeito,

num sorriso alegre e maroto

Estava em seus movimentos

de giros e pulinhos

Bem saltitantes como quem está,

degustando vida com avidez

Sem dá bola ao que dizem,

ignorando a mais lúcida lucidez

Estava suada, rápida no ato da busca

daquilo que fizesse sorrir e gozar

E assim me oferecia como presente,

que eu não ficasse ausente,

e com ela fosse ficar...

Pois o que queria hoje, não queria sozinha,

queria tudo que era sorrir,

amanhar e gozar, gozar, gozar...

Muito íntima levantou a saia

e mostrou a calcinha que já não havia

Apontou a relva à esquerda

e o filamento de luz Luar

Queria se dar bem íntima,

ser exibida sem censura...

Queria estrelas,

brisa, ternura, amor e luar

Eu tímido, querendo e com receio,

rezo pra vir logo,

não somente o momento,

mais a indicação de como chegar

Lembro que Deus não dá asas à cobra,

e me consolo,

porque de repente acordo,

e sinto que perdi o filé,

por Santa bobeira, fui acordar

evaldodaveiga@yahoo.com.br

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