Um Punhado De Dor ( Ruinas Cerebrais )
Há uma crise distorcendo a realidade
E um abrigo, um lugar qualquer não se acha.
Encontrei no meu interior uma saída, mas
Não leva a lugar algum, me deixa ansioso
Tantos muros negros a minha volta.
A todo tempo dependo de um guia, algo que me mantenha em movimento constante, pois
As linhas do Rio Profundo me prendem e puxam
Tentando afogar-me num mar congelado de memórias falsas e pensamentos impostos falsos.
Mesmo com tantos conflitos ainda posso sonhar...
Aqueles comigo, que carregam um fardo pesado, jamais serão esquecidos...
Preso num pesadelo eterno, é como
Enjaulado na escuridão,
Eu sinto a cada minuto
E queimando estão meus olhos, minha pele, meu corpo nas chamas do medo!
A fúria em minha cabeça, o medo da solidão
Que me impulsionam a cortar paredes com minhas garras para alcançar a liberdade novamente
Os pesadelos, olhares, perseguições, mares vermelhos
São barricadas que fazem imperdir-me de enxergar a verdade.
Sinto forças brilharem nos confins da minha alma
E as utilizo para inflingir danos às barricadas
Mas às vezes é tão pesada, tão dura minha dor
Que sinto poder tocar meu cérebro com os dedos
E na depressão não encontro a superfície, logo sinto-me sufocando.
Mesmo agarrando-me à verdades, despedaçam-se as pílulas do doutor de cabelos brancos
Logo vejo-me rastejando num pântano negro,
Cercado por criaturas mortas e podres
A carregar um punhado de dor e ruínas cerebrais...