Alma Perdida

Meu corpo a vagar se perdeu no espaço

O dia de voltar ha muito já passou

Estou só, meu mundo mudou

E tudo que quero é só teu abraço

Minhas súplicas são vãs e pouco importa

Se o pouco que te peço é impossível

Se o aquilo que quero é inconcebível

Não me envergonha bater a tua porta

Dizem que tudo o que se pede, se alcança,

Portanto, peço, suplico, imploro,

Não desisto, grito, enlouqueço e choro,

Pois dizem que sempre há esperança

Não me olhas, não me ouves, não percebes,

O mundo não para e o tempo passa,

Estás alheio a minha terrível desgraça

Não dás atenção àquela que te segue

Assim vivo este suplício eterno

Estou sempre sozinha, triste na penumbra

Tu sempre acompanhado, sorris te deslumbras

Com as delícias do mundo hodierno

No passado era eu tua companheira

Não vivias sem a minha presença

Não entendo porque tanta indiferença

Passas como se não visse inteira

Na tua frente abro bem os braços

Para que assim afinal me notes

Para que enfim mais uma vez me toques

Mas com o meu corpo, teu corpo trespasso

Meu desespero está me consumindo

Nasce o dia e eu em vão te chamo

Desce a noite e o teu nome clamo,

Estarei louca, morta ou dormindo?

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 29/05/2011
Reeditado em 29/05/2011
Código do texto: T3000197
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