PRIMITIVA

Era muito primitiva

Quando veio me chamar

Sussurrou nos meus ouvidos

Coisas que não vou contar

Passou-me a mão nos cabelos

Virou meu rosto prá lá,

Virou meu rosto prá cá,

Segurou-me pelos pulsos

E me fez ajoelhar

Ante o gôzo e a preguiça

O ego e o desamor

Nada era tão importante

Que merecesse atenção

Nada era tão interessante

Que despertasse emoção

Mas depois de muito tempo

E só muito devagar

Limpei meu peito e joelhos

Consegui me levantar

Afastei os meu receios

Busquei enfim a verdade

E livrei-se finalmente

Da vã personalidade

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 28/05/2011
Reeditado em 28/05/2011
Código do texto: T3000028
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