Lenda
Estou procurando amenidades
Estou em busca de alguma bondade
Estou procurando uma humanidade humana
Uma agulhada que não doa na alma
E mesmo sem acreditar, quero acreditar
Porque escutei a voz de uma mulher
Impossível que naquela beleza não existisse bondade
Mesmo que aquele canto seja de sereia
Ainda que aquela voz seja lenda mortal
Há uma bondade que não tem agulhas
Quero ser feliz por causa da persistência das flores
Quero paz por causa dos passarinhos que insistem
Quero leveza por causa de nuvens que pairam por segundos
Estou cansada do escuro e das sombras ocultando luzes
Estou exausta de lágrimas que salgam a alma ferida
E mesmo indo contra tudo que sei ser
Não me quero mais neste submundo ao qual me entreguei
Cansei de perder ponto por ponto as batalhas desta guerra
Quero escoar entre dedos e voltar para minha primariedade
O luxo de querer ousar possuir um tesouro de piratas virou lixo
E tudo que sei daquela arca é que está repleta de ferrugem
Não quero a amargura cultivada com amoroso esmero
Quero uma inocência livre de cobras e crânios tão explorados
Quero pombas rondando-me e rodeando-me na praça
Ainda que eu tenha que espalhar miolo de pão para corrompê-las
Pombas num jardim encantado por aquele canto de sereia
28.05.2011
Estou procurando amenidades
Estou em busca de alguma bondade
Estou procurando uma humanidade humana
Uma agulhada que não doa na alma
E mesmo sem acreditar, quero acreditar
Porque escutei a voz de uma mulher
Impossível que naquela beleza não existisse bondade
Mesmo que aquele canto seja de sereia
Ainda que aquela voz seja lenda mortal
Há uma bondade que não tem agulhas
Quero ser feliz por causa da persistência das flores
Quero paz por causa dos passarinhos que insistem
Quero leveza por causa de nuvens que pairam por segundos
Estou cansada do escuro e das sombras ocultando luzes
Estou exausta de lágrimas que salgam a alma ferida
E mesmo indo contra tudo que sei ser
Não me quero mais neste submundo ao qual me entreguei
Cansei de perder ponto por ponto as batalhas desta guerra
Quero escoar entre dedos e voltar para minha primariedade
O luxo de querer ousar possuir um tesouro de piratas virou lixo
E tudo que sei daquela arca é que está repleta de ferrugem
Não quero a amargura cultivada com amoroso esmero
Quero uma inocência livre de cobras e crânios tão explorados
Quero pombas rondando-me e rodeando-me na praça
Ainda que eu tenha que espalhar miolo de pão para corrompê-las
Pombas num jardim encantado por aquele canto de sereia
28.05.2011