PARA A MENINA LISBOETA

PARA A MENINA LISBOETA.

Rosana de: Trás-os-Montes

A vibração linda do teu lindo corpo,

Em ritmos folclóricos cobriam-te

De impulsos eróticos extasiantes,

Que me induziam profanos desejos

Fortuitos, que só os teus olhos entendiam.

Dançavas com a graça e a sensualidade

De uma real portuguesa, cheirosa camponesa.

Parecias levitar nas nuvens dos

Meus olhos baços, mergulhados em ti.

Entre as estrelas te contorcias e,

Eras a mais bela da constelação,

De meninas trânsfugas e aneladas.

Pára-quedistas em vôo livre no

Chão, tocado pelos pesinhos de bailarinas.

Cadentes eram as tuas evoluções,

Em corpo feito de melodia,

De olhar fixo e transfixiante.

Na parca luz que espia.

A tua pouca silhueta

Descrevia sensuais magias,

Num bailado mais do que suave.

Um mistério que tu envolvias

No desejo de sedutora ninfeta.

De olhares firmes e profundos

Imitando um súcubu ardente.

Coberta de carne, uma rubra violeta,

De duas pétalas ao meio,

Onde a graça que continhas,

No trepidar dos teus seios.

Suculentas amêndoas crescidas,

No talvegue proibido de ti.

Semi-escondidos fulgiam

Redondinhos, saltitando em frenesi.

Botões vivos feitos de carne crua,

Iguais aos que, um dia, eu vi.

No calor materno dos teus seios,

Dupla flor do teu peito jardim,

Acima do teu mole ventre de

Carne fresca e movediça.

Planície de desespero e de desejos.

Fronteira do teu oásis sagrado,

Teu púbis negro, negra concha,

Onde, todos os desejos tu amasias.

Nas tuas aveludadas frias coxas,

Entreabertas para um imenso carinho,

Ao contrário, em direção à roxa.

Castanha dos meus desejos, o meu caminho.

Eráclito Alírio

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 24/11/2006
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