morra menelau morra
Menelau
Envenado
A adaga feriu
Seu peito
Toda poesia
Sangrou negra
Negra como o
Betume de tochas
que não deixa o
Fogo crepitante
Morrer
Diante das ordas
Pre-históricas.
Menelau delira
Suspira e grita
_ Helena, helena!
A vida sem ti vale a pena?
Menelau delira
O inferno faz festa
Os vermes em frenezi
Desejam sua carne
As múmias imortais
Negam suas ataduras
Morra Menelau!
Morra destruidor!
Caia sobre sua própria espada
Outra jamais tocará sua carne.
Menelau ferido
Delira
Uma deusa
Um espírito
Um ser do espaço
Envolve o corpo do Espartano
E decreta a quarentena do guerreiro.
Terá terminado sua sina?
Duvidas!...
Dúvidas do deuses
Seria melhor
Morto ou vivo Menelau?
Menelau delira
E o expectro de Helena
O protege
O guarda
O divinisa
Mas o guerreiro só quer ser mortal
Igual a toda humanidade.
Helena
O feitiço dos seus beijos
E o antídodo do veneno
Que arde e queima as veias
De Menelau?...
O deuses em dúvidas
Perdem seu sono eterno.
Menelau delira
Não morre
Ou em delírio
Brada sua espada contra ela?