Noite e falta de amor

Espaços de nós espalhados pelo quarto, até quando vou ter que segurar o grito e derramar o pranto de quem sonha com amores impossíveis? Eu penso, eu passo os dias escondida de mim e dos meus sentimentos que pulam pro seu colo, braço, abraço completo.

Melodias jogadas ao vento das minhas quatro paredes que apertam meu corpo contra a alma e pede pro coração saltar pela boca e jogar tudo como em sorteio e viver de um novo jeito meio estranho, meio meu e só meu de entender o que não tem entendimento.

Silêncios ecoando pelo escuro dançam comigo a valsa da solidão. Um dia serei feliz? Algum dia serei feliz de verdade? Um dia silêncios serão somente saudades e lembranças de tardes sem som?

Vai, faz de mim seu tapete, seu leque, seu cheque sem fundos. Vem, me diz que é cedo, que é tarde, que arde. Eu nem sei quantos anos tenho, só sei que ainda quero viver. Eu posso? Eu devo? Eu sou o quê?

Risos partidos em mil pedaços e claves de sol. Quem sabe o mar possa amenizar esse meu sofrimento eterno. Essa minha doença pecaminosa, esse meu medo de mim mesma e das coisas que sou capaz de fazer. Eu choro, eu vejo, eu deixo você atravessar a rua com passos largos e olhos pra trás. Traz, faz, volta e cola o seu sorriso no meu sorriso que anda meio vazio da tua presença.

Sabrina Souzza
Enviado por Sabrina Souzza em 27/05/2011
Código do texto: T2997181
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