DESCANSE NA DOR

Sentimentos inundados

Foge, bicho morto!

Vá-te ao fim do fardo, e, se voltar, traga consigo o úmero ou o omoplata

Marcou a cruz inversa, o toque sombrio da aldrava.

Na cova abissal, impregne teus buracos com cadaverina

Meta fúria na pútrida laje, assopre a rota e casta bota

Arrote o doloroso estribilho

E descanse na dor.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 23/11/2006
Reeditado em 28/05/2009
Código do texto: T299478
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.