(Líricas de um Evangelho Insano)


 
Então, o jardineiro entrou no  vaso e a Aldeia  chorou que se fazia noite de espinhos. Mas, ela ouvia a canção e olhou em direção ao tempo e as ruas revolveram-se e   ambas se entreolharam profundamente. Haviam muitos degraus  por entre aquelas portas semi cerradas, por entre aqueles olhos de  telhados colmados, chaves expostas e chaves soterradas.Grafismos e notas caiam do alfabeto do manto  e renasciam líquens de sangue na alma luzeiro . Quando a aldeia e ela  entravam dentro do vaso por entre as grotas os ocos enchiam e a chuva arribava das molduras. A eternidade ecoava  candeia no fio de prata da  travessia...Aos pés da montanha procuravam os próprios pés, nas pedras caídas pelos caminnhos. Quando alinhava-se o rio, desmanchava-se o riacho  e  a montanha levitava  carregando o peso dos acordes de suas pedras...